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Alto florescimento desta safra causa prejuízos na produtividade e qualidade da matéria-prima

Há mais de 35 anos contando com apenas uma única ferramenta para o manejo do florescimento e isoporização, setor canavieiro passa a contar com solução inovadora para auxiliá-lo na produção de cana-de-açúcar com qualidade, produtividade e sustentabilidade

Leonardo Ruiz

2023 se apresenta como um ano em que os fatores como temperatura (baixa amplitude térmica), fotoperíodo (menor que o crítico da variedade) e umidade (sem estresse hídrico) tem contribuído para a ocorrência de florescimento nos canaviais do Centro-Sul, um fenômeno altamente prejudicial, que pode impactar negativamente a produtividade e qualidade da cana-de-açúcar.

“Enquanto em outros cultivos a emissão da flor (panícula) é aguardada, na cana-de-açúcar é algo totalmente indesejado. Além de diminuir a produtividade da cultura, que irá direcionar sua energia para florescer e não para o acúmulo de sacarose, esse fenômeno também causa isoporização, que consiste na desidratação dos colmos. Também chamado de chochamento, esse processo gera prejuízos do campo a indústria, seja pela redução da produtividade (TCH) e do teor de sacarose ou pela diminuição do volume do caldo”, detalha a Líder de Marketing de Cana da Corteva, Tainá Sipos.

Diante desse potencial de danos, aliado ao fato de o setor contar com uma única ferramenta para o controle desses fenômenos, a Corteva lança comercialmente o Relicta, ferramenta inovadora que preserva o potencial produtivo da cultura e faz a manutenção da qualidade da matéria-prima.

Tainá explica que o Relicta é um mimetizador de auxina, que impede a diferenciação celular do eixo caulinar para eixo floral, promovendo o acúmulo de auxinas nos pontos de crescimento. “Além de impedir a ocorrência de florescimento e isoporização, esse produto age de forma altamente sustentável, pois sua formulação é a base de solventes de origem vegetal, com baixa concentração de compostos orgânicos voláteis. Com isso, é livre de derivados de petróleo.”

A profissional destaca, ainda, que a solução da Corteva demanda menor quantidade de ingrediente ativo quando comparado as outras soluções do mercado. “Relicta usa 7,5 gramas de ingrediente ativo por hectare, 63 vezes menos que as tecnologias já disponíveis no mercado. Esse fato diminui o número de embalagens e pode, inclusive, beneficiar a pontuação da unidade produtora no RenovaBio ou na obtenção de certificações.”

O Gerente de Marketing de Campo da Corteva, Lucas Perin, afirma que é comum usinas e produtores utilizarem maturadores para manejar o florescimento e a isoporização da cultura. No entanto, ele frisa que essa estratégia não é eficaz. “Foram oito anos de pesquisa e desenvolvimento para chegar em uma tecnologia exclusiva para inibir o florescimento e a isoporização. Em testes de campo, o Relicta proporcionou uma redução na indução floral de 94% e na isoporização de 82% na comparação com a testemunha. Além disso, em todos os estudos ele manteve alta a produtividade da cultura.”

A recomendação para o uso de Relicta é de 200 a 400 ml por hectare, com possibilidade de duas aplicações por ciclo, sempre próximas ao período indutivo de cada região.

Fonte: CanaOnline