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Praga nos canaviais de SP prejudica o crescimento das plantas

Besouro é difícil de combater porque fica escondido debaixo da terra.Perdas nas lavouras infestadas podem chegar a 25%.

Os agricultores do noroeste de São Paulo estão preocupados com a proliferação de um besouro que prejudica o crescimento dos canaviais. A associação dos produtores está fazendo o monitoramento nas lavouras para tentar conter o avanço da praga.

Ueslei Cavatão é produtor de cana há oito anos. Em sua propriedade em Nipoã são 200 hectares, mas pelo menos 10 deles foram atacados pelo migdolus, um besouro da família Cerambycidae.

A larva do besouro, que vive debaixo da terra, destrói a raiz da planta, que acaba não se desenvolvendo. Na maioria das vezes, quando isso acontece, a reforma do canavial tem que ser antecipada. “Tem um controle químico, mas ele não é muito eficiente, então optei por fazer a reforma", conta.

Em todo o estado de São Paulo, a estimativa hoje é de que 100 mil hectares de cana-de-açúcar estejam infestados pelo migdolus.

Para evitar o avanço da praga o quanto antes, técnicos da Associação de Produtores de Cana da região estão fazendo um trabalho de monitoramento nos canaviais. Eles visitam as plantações onde os pés não cresceram, abrem trincheiras em busca das larvas e montam armadilhas para capturar o besouro macho, já que a fêmea não sai debaixo da terra.

Com um GPS, os técnicos monitoram o canavial para tentar apurar o tamanho da infestação.

Agnelo Zagato já sofreu com a praga e teve que reformar um canavial de apenas três anos. Ele chegou a perder 750 toneladas de cana, um prejuízo de mais de R$ 40 mil.

Hoje o produtor não descuida, está sempre de olho. Na propriedade dele em Monte Aprazível são 80 hectares, que devem render este ano 5,5 mil toneladas de cana. “Tem que estar sempre atento e cuidar da muda que você traz para dentro da sua propriedade e dos caminhões que vêm de cana, tem que cuidar para que eles venham limpos, não tragam a praga", alerta.

De acordo com a Associação de Produtores de Cana, as perdas chegam a 25% nas lavouras infestadas pelo besouro


Fonte: Globo Rural