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Leilão a-5: setor sucroenergético investirá quase r$ 1 bi em bioeletricidade | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Leilão a-5: setor sucroenergético investirá quase r$ 1 bi em bioeletricidade

Sete projetos comercializados pelo setor sucroenergético no 1º Leilão de Energia A-5/2013, promovido na quinta-feira (29/08) pelo Governo Federal para suprir a demanda por energia elétrica a partir de 2018, vão exigir investimentos de quase R$1 bilhão até 2018. A avaliação é do gerente de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar de Souza, que destacou diversos aspectos importantes desse resultado.

"Ele mostra que a bioeletricidade tem capacidade de resposta rápida quando começamos a melhorar as condições institucionais para essa fonte," afirmou. No último leilão A-5, em dezembro passado, a bioeletricidade não vendeu projeto, sendo apenas hidrelétricas e eólicas sagradas vencedoras. Desta vez, ao se criar um produto térmico no certame, no qual concorreriam somente termelétricas, a fonte biomassa deu uma resposta positiva, cadastrando 30 projetos e comercializando nove na etapa final.

Foram quatro projetos no Mato Grosso do Sul (Amandina, Carapó, Eldorado e Santa Helena), dois em São Paulo (Guarani Tanabi e Guarani Tanabi 2) e um em Minas Gerais (Delta), que juntos vão agregar 347 MW de potência instalada. Além da biomassa da cana-de-açúcar, outras fontes participaram do certame, sendo que a biomassa cavaco de madeira respondeu pela comercialização de dois projetos na Região Nordeste, e a fonte hídrica ficou com oito projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e as usinas hidrelétricas no Mato Grosso (Sinop e Salto Apiacás).

Em termos de energia comercializada, a principal contratação veio da fonte hídrica com 316 MW médios (46% do total) de Sinop e Salto Apiacás, seguida da biomassa cavaco de madeira com 241,2 MW médios (35%), em terceiro a biomassa da cana com 133,6 MW médios (19%) e, por fim, as PCHs com 77,8 MW médios (11% do total).

O preço médio do Leilão ficou em R$ 124,97/MWh, significando um deságio de quase 11% em relação ao preço inicial de R$ 140/MWh. As PCHs apresentaram um preço médio ponderado da ordem de R$ 127/MWh, as usinas hidrelétricas com R$ 110,39/MWh, a biomassa da cana com R$ 133,60/MWh e a biomassa cavaco de madeira com R$ 136,69/MWh.

O bom resultado veio acompanhado de uma importante preocupação: o anúncio de que a fonte eólica voltará a participar no próximo leilão A-5, previsto para dezembro. Souza destaca que as condições institucionais diferenciadas entre a eólica e as demais fontes devem comprometer o desempenho da biomassa e PCHs no próximo certame, como tem acontecido em leilões anteriores.

“O retorno da biomassa e das PCHs é muito importante para começarmos a trazer mais diversificação da matriz energética brasileira, o que não vinha acontecendo na contratação no ambiente regulado há vários leilões. Além do mais, quando se contrata bioeletricidade da cana, diversificamos a matriz e também auxiliamos no aumento da oferta de etanol, pois são produtos altamente sinergéticos. Mais bioeletricidade contribui para termos mais etanol, diversificando duplamente a matriz elétrica e a de combustíveis,” explicou.

O executivo sugeriu que o Governo Federal mantenha um produto térmico no próximo Leilão A-5, com uma demanda alocada que seja representativa, e vai além sugerindo que se crie um produto térmico também para o próximo Leilão A-3, previsto para novembro deste ano: “Há tempo para essas ações por parte do Governo Federal. Temos que retomar a confiança no investimento em bioeletricidade e criar condições para continuar participando nos leilões, tanto no A-5 quanto no A-3. O resultado do último leilão não pode ser um ‘soluço’ para a bioeletricidade, não é possível conviver mais com uma política ‘stop and go’, como vimos nos últimos anos. Precisamos continuar avançando de forma sustentável”, avalia Souza.

O gerente da UNICA comentou que o setor sucroenergético ainda precisa de uma política setorial mais perene, capaz de estimular principalmente a reforma do parque existente com os chamados 'retrofits.' São cerca de 250 usinas de processamento de cana-de-açúcar em diversos estados, que aguardam condições adequadas para exportarem bioeletricidade para a rede de distribuição.

“Imagine se tivéssemos uma política dedicada exclusivamente a estimular a contratação dessas usinas, que reconhecesse efetivamente as externalidades positivas da bioeletricidade nos certames, reconhecendo a redução das perdas e dos custos evitados em transmissão por estarmos no coração do sistema elétrico, a complementaridade com a fonte hídrica e as emissões evitadas, entre outras? Seria uma medida tão importante para o setor sucroenergético quanto para o setor elétrico, pela qualidade que essa energia representa para o Sistema Interligado Nacional,” conclui Souza.


Fonte: UNICA

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