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Broca e cigarrinhas são as principais pragas da cana | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Broca e cigarrinhas são as principais pragas da cana

A praga do momento nos canaviais brasileiros é o Sphenophorus levis, o bicudo da cana-de-açúcar, cuja a infestação começa a se alastrar pelos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. As larvas desse inseto destroem o rizoma da planta, causando prejuízos de 20 a 30 toneladas de cana por hectare. Além de reduzir a longevidade do canavial, em áreas muito infestadas, a renovação do canavial tem sido feita com cana de segundo corte.

O leque de pragas que se delicia com a cana é extenso, a cultura pode ser atacada por mais de 80 espécies de pragas, sendo que algumas delas, como alguns besouros e cupins, muitas vezes são observadas nas lavouras somente após terem causado danos, uma vez que são pragas de solo e, por isso, de difícil observação. Mundialmente, a cana-de-açúcar contabiliza perdas de aproximadamente 20% ao ano, considerando somente o ataque de pragas.

Apesar da violenta ação do Sphenophorus, o que pôde ser visto durante o 9º Insectshow - Seminário Nacional Sobre Controle de Pragas de Cana-de-Açúcar - realizado pelo Grupo IDEA, em Ribeirão Preto, SP, nos dias 24 e 25 de julho, é que as principais pragas do setor são velhas conhecidas dos mais de 600 profissionais presentes ao seminário. A líder em infestação e perdas no canavial continua sendo a broca-da-cana, Diatraea saccharalis, que traz prejuízos diretos como aberturas de galerias na cana; perda de peso, morte das gemas; tombamento da cana pelo vento. E na cana nova: secamento dos ponteiros: coração morto; enraizamento aéreo e brotações laterais. Para uma produtividade de 80 toneladas por hectare, as perdas ocasionadas pela broca para cada 1% de intensidade de infestação são de 616 quilos de cana, 28 quilos de açúcar e 16 litros de álcool, aproximadamente.

A ação das cigarrinhas

Depois da broca, as campeãs são: Cigarrinha-da-folha (Maharnava posticata); Cigarrinha-da-raiz (Mahanarva fimbriolata). Os prejuízos causados pela cigarrinha-da-folha têm alcançado a 17,5% de perda no processo industrial, quando a população de adultos chega a 0,7 indivíduos por colmo. A cigarrinha-da-raíz chega a causar perdas de 11% na produtividade agrícola e 1,5% na produção de açúcar. As cigarrinhas são sugadores de seiva e quando estão se alimentando nas folhas e raízes elas injetam uma toxina que provoca manchas amareladas no sentido de maior comprimento da folha e as pontas destas folhas também ficam enroladas. Este sintoma é bem parecido com o sintoma de falta d’água. Essa injúria causa a diminuição da quantidade de açúcar.

Por serem pragas conhecidas, a forma de controle já é bastante difundida, é certo que é preciso realizar o Monitoramento Integrado de Pragas (MIP), unindo controle mecânico, biológico e, muitas vezes o químico. No caso da broca-da-cana, quando a infestação não é tão intensa, o resultado com o controle biológico com o parasitóide Cotésia flavipes (a mosquinha) é um dos métodos mais eficientes.

Mas quando a infestação é alta, a melhor forma é integrar as práticas e se focar no controle. Um exemplo de sucesso foi apresentado no Insectshow, Patrícia Rezende, gestora agrícola da Usina Jalles Machado, em Goiás, falou sobre o tema: Tecnologia utilizada na Usina Jalles Machado na safra 12/13 para redução da infestação de Diatraea. Patrícia e sua equipe de controle de pragas conseguiram reduzir a infestação nos canaviais da usina com Diatraea de 15% para 1,34%. Segundo Patrícia o excelente resultado obtido é fruto de muito trabalho, tecnologia (foi utilizado o produto Altacor, da Dupont) e principalmente dedicação das meninas e investimento em qualificação profissional por parte da empresa.

No caso das cigarrinhas, acontece o mesmo, com menor infestação, o controle pode ser feito com um fungo que infecta a cigarrinha e a mata. Esse fungo tem o nome de “fungo-verde” o Metarhizium anisopliae. Quando a infestação é alta, entra-se com o controle químico. Tanto a broca como paras as cigarrinhas, houve aumento de infestação nos últimos anos, mas segundo os participantes do Insectshow, essa maior incidência deveu-se a fatores como: ausência da queima, crescimento da colheita de cana crua e, com isso, maior a palhada deixada no campo, mas principalmente, é resultado de redução de investimentos no campo com a crise e, também, por um certo relaxamento no controle das pragas. Os pesquisadores alertam que é preciso monitoramento constante. Cochilou, a praga ataca.


Fonte: CanaOnline

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