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Boletim Diário do Milho | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Boletim Diário do Milho

Bolsa de Chicago (CBOT)
Os valores dos contratos futuros de milho negociados na bolsa de Chicago ampliaram ganhos no encerramento do pregão desta quarta-feira, num
movimento de compras de oportunidade por força do mercado físico nos EUA e na esteira das altas da soja. O milho para dezembro/15 teve ajuste positivo
de 4,0 centavos de dólar, a US$3,80¾/bushel, voltando a operar e se distancia da barreira psicológica de US$3,75/bushel, seu menor patamar desde o final de
setembro. Nos EUA, o mercado físico registrou firmeza diante da redução das ofertas de venda devido à restrição dos vendedores, que alegam que os
preços não estão remuneradores. Tal condição acontece num momento onde a colheita da safra norte-americana é favorecida pelo clima quente e seco que
potencializa o rápido avanço da colheita. Mesmo assim, a demanda pelo grão começa a dar sinais de melhora, visto que os agentes seguem de olho na
produção de milho no Mar Negro e em outras regiões do mundo que sofrem com o clima adverso, como no caso da Europa e Sudeste Asiático.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os valores dos contratos futuros de milho negociados na BMF&Bovespa encerraram a sessão desta quarta-feira com ganhos generalizados, impulsionados
pela comportamento da paridade do cereal. O vencimento novembro/2015, o qual baliza o mercado spot, encerrou o dia cotado a R$34,22/saca, com alta
de 1,33% em relação ao fechamento da sessão anterior, ao passo que o vencimento maio/16, registrou ganho diário de 1,40%, cotado a R$34,74/saca. Os
movimentos do dia foram ocasionados por compras de oportunidade em meio as perdas acumuladas nos últimos dias. Além do quadro técnico, os
movimentos de alta ocorreram pela firmeza do dólar frente a moeda brasileira associada a firmeza dos preços internacionais do cereal, condição que
mantem forte o estimulo às exportações.
Dólar (US$)
O dólar fechou em alta pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira, aproximando-se de R$3,95, diante do ambiente de aversão a risco nos mercados
globais devido a preocupações com a saúde da economia chinesa e da apreensão dos investidores com a situação política e econômica do Brasil. O
dólar avançou 1,03%, a R$3,943 na venda, acumulando alta de 3,75% em quatro sessões. A divisa dos EUA avançava em relação a moedas de outros países
emergentes, com investidores evitando ativos de maior risco após os dois principais índices acionários chineses marcarem a maior queda em mais de um
mês, em meio ao cenário mais fraco da segunda maior economia do mundo. No Brasil, o quadro de nervosismo foi influenciado também pelas incertezas
políticas. Nesta manhã, parlamentares da oposição entregaram novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff ao presidente da
Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Investidores temem que as turbulências dificultem ainda mais o ajuste fiscal e golpeiem a
credibilidade do país, afastando capitais estrangeiros. A perspectiva de que o Brasil deve alterar sua meta fiscal neste ano para reconhecer um déficit
primário de 85 bilhões de reais, incluindo o pagamento das "pedaladas fiscais", também pesou sobre o humor. Nesta manhã, o Banco Central deu
continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos, equivalentes a venda futura de
dólares. Até agora, a autoridade monetária já rolou 7,168 bilhões de dólares, ou cerca de 70 por cento do lote total, que corresponde a 10,278 bilhões de
dólares. Após o fechamento dos negócios, o BC anuncia sua decisão sobre a taxa básica de juros e o mercado espera que a Selic seja mantida em 14,25%.
Mercado Interno
No Brasil, com melhores indicações de compra no mercado físico do milho, resultante da combinação positiva entre ganhos no câmbio e alta na bolsa
norte-americana, a ponta vendedora passaram a ficar mais ativas nos negócios. Em algumas regiões do país foi observado movimentação mais consistente,
depois de dias de lentidão em função da pressão de baixa. Nas principais zonas portuárias do país, a demanda pelo produto brasileiro segue agressiva e
colaborado para formação de preços mais firmes. Tradings estão aproveitando o clima ameno e acelerando o escoamento da produção, o que poderá
elevar os embarques do mês de outubro para o maior da história, acima de 5,5 milhões de toneladas. Os negócios realizados variaram entre R$34,50/saca
e R$36,00/saca, dependendo do prazo de pagamento e entrega. A firmeza dos preços nos portos brasileiros repercutiu no interior do país. Exportadores
ainda oferecem valores mais elevados que os compradores do mercado nacional. Para tentar equilibrar as compras, os demandantes nacionais testam
aproximar suas indicações da paridade. No Sul do país, os preços para lotes disponíveis voltaram a esboçar firmeza com melhor ritmo dos negócios. No
Sudeste, o ambiente segue calmo diante do menor interesse comprador. Mesmo assim, os poucos reportes, quando ocorrem, são com valores firmes. No
Centro-Oeste, as vendas no spot continuam lentas ao passo que as vendas antecipadas, visando lotes da segunda safra de milho de 2016 estão mais ativas.
Em MT, na região de Rondonópolis, houve compradores oferecendo até R$22,00/saca, dependendo do prazo de pagamento.
Comentários
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê uma queda na área semeada com milho argentino de uso comercial em 2015/16, a 2,7 milhões de hectares ante
os 3,4 milhões da safra anterior, pelas limitadas margens de lucro do cultivo. A queda projetada pela Bolsa se mostrou bem superior à última projeção do
USDA, que no relatório de outubro, projetou uma área plantada com milho em 3 milhões de hectares, contra 3,2 milhões de hectares na temporada
passada. A produção de milho na Argentina projetada pelo USDA ficou em 24 milhões de toneladas, bem abaixo dos 26,5 milhões do ciclo 2014/15. Apesar
de trabalhar com números diferentes, a Bolsa de Comercio de Rosário também aponta para uma queda acentuada na área cultivada com milho no país
vizinho. De acordo com esta, a área deverá passar de 4,3 milhões para 3,3 milhões de hectares no novo ciclo. O fato é que ambas as bolsas destacaram as
condições adversas que passa a economia do país, onde há escassez de credito para financiar a safra. A Argentina está entre os principais exportadores
globais de milho e costuma limitar a saída do produto ao mercado externo como mecanismo de garantir estoques internos. Nos últimos anos, tais políticas
foram severamente criticadas pelo setor rural pelo fato de prejudicar as margens dos produtores ao mesmo tempo que desestimularia o cultivo do cereal.
Diante das incerteza com relação a produção, o USDA trabalha com exportações em torno de 14,5 milhões de toneladas em 2016 no país, contra 17 milhões
na safra 2014/15. Tal situação é mais um fator que coloca o Brasil na mira dos grandes importadores globais.

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