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Boletim Diário do Milho | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Boletim Diário do Milho

Bolsa de Chicago (CBOT)
Os valores dos contratos futuros de milho negociados na bolsa de Chicago caíram para a mínima em mais de três semanas, pressionados negativamente
pelo rápido avanço da colheita da safra no Meio Oeste dos EUA e dados mais fracos das vendas externas do cereal norte-americano. O milho para
dezembro/15 teve queda de 3,50 centavos de dólar, a US$3,75½/bushel, após despencar para US$3,75/bushel, sua mínima desde 21 de setembro. O tempo
seco e quente sobre as principais regiões produtoras de milho nos EUA tem colaborado para a evolução dos trabalhos de campo ao passo que os
rendimentos das lavouras do cereal passaram a registrar melhora. A pressão baixista acontece por efeito sazonal típico do período, mas ganha intensidade
devido à fraca demanda pelo cereal. As vendas de milho dos EUA para o mercado externo estão bem lentas em função da maior competitividade do
produto em países da América do Sul e Ucrânia, importantes concorrentes norte-americanos.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os valores dos contratos futuros de milho negociados na BMF&Bovespa encerraram a sessão desta quinta-feira com variações mistas pontuais em meio
a ajustes técnicos e rolagem de posições. O vencimento novembro/2015, o qual baliza o mercado spot, encerrou o dia cotado a R$33,79/saca, com ajuste
negativo de 1,05% em relação ao fechamento da sessão anterior em função das quedas na paridade de exportação e menor interesse comprador no
mercado físico brasileiro. Já o vencimento março/16, registrou alta diária de 0,45%, cotado a R$35,41/saca em função da perspectiva de redução na área
plantada com milho verão e clima adverso em algumas importantes regiões produtoras do país. No interior gaúcho e algumas regiões de SC, o excesso
de umidade já tem gerado especulações de queda de produtividade.
Dólar (US$)
O dólar fechou em queda frente ao real nesta quinta-feira, acompanhando o movimento da moeda norte-americana nos mercados emergentes mesmo
após a agência de classificação de risco Fitch rebaixar a nota do Brasil e sinalizar que pode tirar o selo de bom pagador do país, decisão que já era esperada
pelos investidores. O dólar recuou 0,32%, a R$3,8005 na venda, após atingir R$3,7801 na mínima do dia e R$3,8773 na máxima. O recuo do dólar em relação
a moedas de outros emergentes mesmo após dados sobre a inflação e o mercado de trabalho nos EUA atenuarem um pouco as apostas de que o Federal
Reserve, banco central norte-americano, não eleve os juros neste ano. Essas apostas vêm ajudando ativos de países emergentes, que seriam beneficiados
pela manutenção da política monetária expansionista na maior economia do mundo. No Brasil, o dólar não foi tão influenciado pelo rebaixamento do
país. A Fitch cortou a nota do Brasil de "BBB" para "BBB-", último degrau que garante o chamado grau de investimento, e manteve a perspectiva negativa,
sugerindo que outro rebaixamento é possível ao longo do próximo ano. Se perder seu grau de investimento pela Fitch ou pela Moody's, o Brasil passará a
ser classificado como "grau especulativo" por duas das três principais agências, já que a Standard & Poor's retirou o selo de bom pagador do Brasil no mês
passado. Isso serviria de gatilho para fuga de capitais do país, já que muitos fundos têm regulações internas que os impedem de investir em países com
essa característica. O efeito da decisão da Fitch foi aumentar a volatilidade do mercado, com o dólar trocando de sinais diversas vezes nesta sessão. No
Brasil, a crise política também contribuía para deixar investidores com o pé atrás.
Mercado Interno
No Brasil, a movimentação de negócios no mercado físico do milho segue com baixa liquidez diante da fraca atuação de ambas as pontas do mercado. Os
poucos reportes de efetivações envolvem lotes pequenos, apenas para complementar estoques. Os compradores nacionais conseguiram efetuar bons
volumes nas semanas anteriores e passaram a limitar seus processos de aquisições. De certa forma, tais agentes passaram a especular negócios a valores
mais baixos em função da menor atuação dos exportadores. De certa forma, as tradings estão atuando apenas em algumas localidades estrategicamente
mais próximas as zonas portuárias do país, na busca por cobertura de posições. Na região Sul do país, os preços fragilizaram no interior gaúcho com a
entrada de lotes de outras regiões. No PR, mercado estável em termos de preço diante da presença mais ativa de exportadores. No Sudeste, o mercado foi
pressionado no mercado paulista com o menor interesse comprador das indústrias, que passaram a regular suas aquisições ao mínimo necessário para
atender suas operações. Ofertas do Centro-Oeste também colaboraram para fragilidade dos preços locais. No Centro-Oeste, o mercado spot continua lento
e, diante do baixo registro de negócios, os preços estão mais nominais.
Comentários
Produtores de ração da Ásia deverão importar milho da Ucrânia se chuvas fortes no Brasil atrasarem ainda mais os carregamentos no porto de Paranaguá,
onde a fila de espera de navios já chega a 40 dias, disseram operadores em entrevista a Agencia de Notícias Reuters nesta semana. Embora a fila de navios
em portos brasileiros já tenha atingido até 60 dias num passado recente, durante picos de exportação de soja, as longas filas não são habituais para essa
época do ano. O porto de Paranaguá, por meio da assessoria de imprensa, disse a Reuters que "nesta época do ano passado não tínhamos nenhum navio
na fila de espera". Qualquer mudança na demanda dos processadores asiáticos, que fecharam grandes volumes para carregamento no Brasil entre outubro
e dezembro, pode elevar preços do grão de fornecedores como Ucrânia e EUA. "Nosso navio está esperando há 30 dias para atracar", disse um operador
de Cingapura. "Estamos ouvindo... que está levando até 40 dias para alguns navios." Chuvas interrompem o processo de carregamentos de navios porque
os terminais não são cobertos e é preciso evitar umidade na carga. A região de Paranaguá, no litoral paranaense, teve sete dias ininterruptos de chuva este
mês e 10 dias de precipitações em setembro, durante os quais 20 navios não conseguiram atracar, segundo a autoridade portuária. Além do clima ruim,
grandes volumes chegando ao porto após uma safra recorde no país e uma elevada demanda provocada pelo câmbio favorável levaram às filas maiores,
segundo a administração do porto. O Brasil possui grandes estoques de milho depois de colher uma safra recorde de 85,5 milhões de toneladas em 2014/15,
enquanto o dólar é negociado perto de uma máxima histórica ante o real, tornando os grãos brasileiros mais baratos para importadores e elevando as
vendas, sobretudo aos países asiáticos. O Vietnã, que tem um dos setores de proteína animal que mais cresce no mundo, bloqueou exportações de cerca
de 500 mil toneladas do grão no último trimestre. Importadores tipicamente voltam-se para a Índia no caso de atrasos no fornecimento da América do Sul,
mas o país do Sudeste Asiático está fora do mercado devido a uma baixa produção, prejudicada por clima seco relacionado ao El Niño. Bangladesh, que
geralmente compra milho da Índia, fechou a compra de 150 mil toneladas de milho do Brasil em negócios recentes. "Os fabricantes de ração ainda não
estão em pânico, mas se houver novos atrasos eles começarão a comprar milho em contêineres da Ucrânia, enquanto aguardam a chegada das cargas do
Brasil", disse um segundo operador de Cingapura a Reuters. Dados meteorológicos indicam tempo predominantemente seco em Paranaguá nos
próximos dias. Contudo, operadores ressaltaram que demoraria bastante para eliminar a fila de cerca de 60 navios para carregar milho, soja e farelo de soja
no porto.

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