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Boletim Diário da Soja | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Boletim Diário da Soja

Bolsa de Chicago (CBOT)
Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago abrem a semana com ganhos de dois dígitos, interrompendo uma sequência de mais
de três dias de quedas consecutivas. Depois de atingir mínimas de mais de doze anos, o mercado da oleaginosa foi impulsionado por movimentos
de compras e correções de cunho técnico em função de incertezas relacionadas ao real potencial produtivo das lavouras norte-americanas somado
a recuperação da demanda pelo grão. O vencimento novembro/15, mais ativo, encerrou a sessão cotado US$8,79¼/bushel, alta de 12,75 centavos, ao
passo que o vencimento setembro/15 registrou ganho de 13,50 centavos de dólar, cotado ao final da sessão a US$8,90¾/bushel. De certa forma, os
movimentos do dia foram basicamente atrelados a calmaria nos mercados financeiros depois de melhores números da economia chinesa. Condição
que acabou promovendo um recomposição generalizada nos papeis de commodities, com destaque para alta nos preços do petróleo. No que tange
os fundamentos, os agentes voltaram a se preocupar com a etapa final do desenvolvimento de algumas lavouras de soja nos EUA, sobretudo
naquelas regiões onde o plantio foi prejudicado pelo excesso de umidade e o clima passou a ficar seco e com temperaturas elevadas.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Em linha com a firmeza dos preços internacionais da oleaginosa, os valores dos contratos futuros de soja negociados na BM&FBovespa também
encerraram a sessão desta terça-feira do lado positivo da tabela. Os minis contratos de soja, atrelados diretamente ao comportamento da bolsa norteamericana,
com vencimento em novembro/15, encerrou o dia cotado a US$19,38/saca, com alta de 1,47% em relação ao fechamento da sessão
passado, ao passo que o vencimento maio/16 teve ganho diário de 1,46%, a US$19,52/saca. De maneira geral, os agentes atentar a certa estabilização
no cenário macroeconômico associado a preocupações com a real dimensão da safra norte-americana de soja.
Dólar (US$)
O dólar registrou forte queda nesta terça-feira sobre o real, após o Banco Central aumentar sua intervenção no câmbio e em meio ao renovado
apetite por risco nos mercados externos diante do avanço das bolsas chinesas. O dólar recuou 1,07%, a R$3,819 na venda. Na mínima do dia, a
moeda norte-americana perdeu 2,10%, a R$3,7793. Na sessão passada, a divisa dos EUA havia avançado 2,68% e renovado a máxima em treze
anos. O BC ofertou até 3 bilhões de dólares em dois leilões, com datas de recompra do leilão "A" em 4 de novembro de 2015 e do leilão "B" em 2 de
dezembro de 2015. Na segunda-feira da semana passada, o BC já havia realizado um leilão de linha, com oferta de até 2,4 bilhões de dólares, e não
havia mais anunciado outro até então. Além disso, nesta manhã, o BC deu continuidade aos leilões de swaps cambiais para rolagem vendendo a
oferta total de até 9,45 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence em outubro. O reforço na
intervenção do BC vem em meio à escalada da moeda norte-americana diante de preocupações com a deterioração das contas públicas do Brasil,
que poderia provocar a perda do selo de bom pagador do país, e com a desaceleração da economia chinesa. Nesta sessão, contudo, as bolsas chinesas
subiram quase 3%, trazendo de volta a demanda por ativos de maior risco, como aqueles denominados em reais. Nesse contexto, o dólar não
conseguiu se sustentar nas mínimas desta sessão, com operadores adotando cautela em meio à percepção de que o câmbio deve voltar a ser
pressionado em breve. Cotações mais altas tendem a pressionar a inflação ao encarecer importados. De maneira geral, por outro lado, operadores
avaliaram que o BC quer diminuir o ritmo do avanço do dólar frente ao real, e não impedi-lo, movimento que entendem como inevitável.
Mercado Interno
No Brasil, apesar da volatilidade na paridade de exportação em função do comportamento cambial nesta terça-feira, as condições de preço ainda
apresentaram firmeza no cenário geral. Em algumas praças produtoras e comercializadoras houve recuos nas indicações de compra por causa de
um dólar mais fraco frente ao real. Por outro lado, a firmeza em Chicago e a necessidade de recomposição de estoques junto algumas indústrias ou
cobertura de posições de navios forçou alguns demandantes a se manterem nos negócios com lotes remanescentes. Mas, mesmo diante da
consistência dos preços, a semana começa, novamente, com ritmo lento de negócios, com os produtores cautelosos em voltar às vendas, regulando
suas ofertas. Os valores para lotes remanescentes continuam descolados da paridade em algumas das principais regiões do país, sobretudo onde
se localiza os maiores aglomerados de processadoras. A atuação das indústrias nacionais, sobretudo de biodiesel, segue gerando preços
diferenciados, apesar destas negociar os prazos de pagamento. Em relação as vendas antecipadas, visando lotes da nova safra, o dia foi de preços
nominais, visto que diante de cenário de sobrevenda, os produtores passaram a aguardar.
Comentários
Os embarques de soja em grão voltaram a mostrar consistência na primeira semana de setembro em relação ao desempenho do mês passado e
frente a igual período do ano anterior. Na primeira semana do mês, com quatro dias úteis (01 a 06), as exportações de soja em grão somaram 1,0
milhão de toneladas de acordo com dados divulgados na SECEX. A exportação no período resultou um embarque médio diário de 250,4 mil
toneladas, que equivale a um volume 1,9% superior ao mês passado e, 106,4% superior aos embarques de setembro de 2014 inteiro. A boa demanda
pelo produto nacional, segue favorecida inclusive pelo câmbio e a consistência decorre, ainda, do atraso nas exportações no primeiro semestre deste
ano e forte concentração dos compradores globais no Brasil. De certa forma, as preocupações com o clima adverso nos EUA, os preços mais
competitivos do produto brasileiro e os elevados estoques na país com a safra recorde também favorecem uma maior procura pela commodity
brasileira. A prova do interesse pela soja brasileira se reflete nos diferenciais pagos nos portos. Compradores estão oferecendo atualmente prêmio
US$1,3 por bushel, contra oferta de desconto de 20 centavos no primeiro semestre. Em 2015, a exportação de soja deverá fechar com embarques
recordes no país superior de 50 milhões de toneladas, ante 45,7 milhões em 2014. Restando mais três semanas para encerrar o mês de setembro,
caso esse ritmo se mantenha, o Brasil pode embarcar o período escoando próximo de 5 milhões de toneladas neste mês, atingindo um recorde para
o período e superior aos 2,7 milhões de toneladas em setembro do ano passado. No acumulado de janeiro a agosto de 2015, o Brasil exportou 45,9
milhões de toneladas de soja, 9,3% acima de igual período de 2015.

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