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GRANDE VOLUME DE CANA PODE FAVORECER AÇÚCAR | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

GRANDE VOLUME DE CANA PODE FAVORECER AÇÚCAR

O clima mais favorável à atual safra de cana nas últimas semanas e maiores investimentos recentes em canaviais que serão colhidos neste novo ciclo podem gerar uma oferta de cana tamanha que, por falta de capacidade das usinas para produzir mais etanol, poderá favorecer a produção de açúcar.

Essa é a avaliação da consultoria FG/A, que estima que as usinas do Centro-Sul conseguirão recuperar a colheita de cana na temporada atual (2019/20) e moer 594 milhões de toneladas após três safras consecutivas de redução. Essa estimativa leva em consideração que os canaviais foram beneficiados pelas chuvas abundantes de março e do início de abril e que parte das empresas elevaram aportes em renovação e na expansão da área a ser colhida após as fortes quebras do último ciclo. "No nível que chegou o envelhecimento dos canaviais, qualquer renovação medíocre que se faça já reduz a idade média", afirma João Rissi, sócio da FG/A.

A consultoria avalia, ainda, que o volume de cana processada pode chegar a 600 milhões de toneladas caso o clima desta safra siga melhor do que o da passada, retornando aos patamares de moagem registrados na safra 2016/17. Mesmo que a umidade maior "dilua" o teor de sacarose na cana (ATR), a expectativa da FG/A é que ainda haverá maior sacarose total disponível. Em sua estimativa, o saldo de matéria-prima para a produção de açúcar e etanol (ATR total) será 2,8% maior nesta safra.

E, diante desse crescimento, por mais que as usinas maximizem a produção de etanol – como foi feito na safra passada -, ainda sobrará matéria-prima, que terá como destino inevitável a fabricação de açúcar, avalia Juliano Merlotto, também sócio da FG/A. De acordo com a consultoria, o biocombustível continua oferecendo uma remuneração melhor do que o açúcar neste início de safra – no momento, o "prêmio" do etanol ante o açúcar é de 29% -, "mas há uma limitação operacional", avalia.

Essa limitação também será fruto de uma safra mais curta, estima a consultoria. Afinal, as chuvas que caíram no início da safra e ajudaram no crescimento dos canaviais também atrasaram o início da moagem para várias usinas, o que deve reduzir o "tempo hábil" de produção ao longo desta temporada, afirma.

Segundo Rissi, houve poucos investimentos para aumentar a capacidade de destilação de etanol que conseguissem absorver mais cana. "Algumas empresas boas investiram, mas foram casos pontuais. Consideramos que houve crescimento de 1% na capacidade de produção de etanol", diz.

Nos cálculos da FG/A, do total de cana processada, 37,6% deverá ser destinada à produção de açúcar, que deverá alcançar 29,1 milhões de toneladas – 9,9% a mais do que na safra passada. A produção de etanol, por sua vez, deverá ser de 20,8 bilhões de litros de hidratado (que compete com a gasolina), uma queda de 2,1%, e de 9 bilhões de litros de etanol anidro, aumento de 1,6%.

Por Camila Souza Ramos | De São Paulo

Fonte: Valor Econômico

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