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COM AS CHUVAS, CIGARRINHA SE ALASTRA PELOS CANAVIAIS | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

COM AS CHUVAS, CIGARRINHA SE ALASTRA PELOS CANAVIAIS

Praga reduz o teor de açúcar, aumenta do teor de fibras e de colmos mortos e impacta negativamente o desenvolvimento da cana

Nos últimos anos, a cigarrinha-da-raízes foi elevada ao status de praga-chave para a cultura da cana-de-açúcar. Podendo ser encontrada em praticamente todas as regiões canavieiras do Brasil, sua incidência tem aumentado em decorrência da perpetuação da colheita mecanizada de cana crua, que criou um novo ambiente nos canaviais, mais propício ao desenvolvimento da praga.

Entre os prejuízos causados pela cigarrinha, destacam-se a redução do teor de açúcar e aumento do teor de fibras e de colmos mortos. Além disso, as ninfas extraem grandes quantidades de água e nutrientes das raízes, impactando negativamente no desenvolvimento da cultura.

A pesquisadora do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Leila Luci Dinardo-Miranda, relata que a intensidade dos danos dependerá de três fatores principais: população; variedade e idade/tamanho da planta ao sofrer o ataque.

“A questão da população é bastante óbvia. Quanto maior, maior será o dano. Com relação a influência da variedade, conheço apenas um material tolerante a praga: IACSP96-7569. De resto, todos são suscetíveis, sendo que o nível de susceptibilidade varia bastante. Tem variedades que perdem de 60% a 70% da produtividade, enquanto outras, de 10% a 20%.”

O terceiro fator – idade/tamanho da planta ao sofrer o ataque – também interfere na intensidade dos danos. “Uma cana de final de safra é menor durante o ataque da cigarrinha. Por conta disso, as plantas acabam sofrendo muito mais e registram quedas de produtividade superiores do que os vistos em uma cana colhida em maio”, exemplifica Leila.

Esses três fatores também devem ser levados em conta na hora de criar uma agenda de amostragem e controle. A pesquisadora do IAC ressalta que os canaviais colhidos no final de safra e formados com variedades muito suscetíveis devem ser priorizados. “Quando inicia o período chuvoso e começa a aparecer cigarrinha na usina inteira, a agrícola fica perdida. As equipes são pequenas e não sabem ao certo por onde começar os trabalhos. Daí a importância de seguir uma matriz de manejo.”

Essa matriz – composta por nove gazelas – tem como objetivo nortear os trabalhos das equipes de campo. Ela elenca as variedades e as cruza com as épocas em que foram colhidas. As amostragens e os métodos de controle das áreas localizadas nas gazelas mais inferiores (1,2 e 3) devem ser priorizadas. “Uma RB855536 colhida em outubro/novembro tem prioridade perante uma RB966928 colhida em abril/maio”, recomenda Leila.

Além de melhor direcionamento das equipes, seguir a matriz de manejo possui diversas outras vantagens, como adoção de medidas de controle somente quando necessário, possibilidade de uso de inseticidas de maneira mais moderada e a inclusão de diferentes ferramentas de manejo, como controle biológico e afastamento da palha.

Este último item tem grande impacto sobre as populações de cigarrinha. Ao afastar a palha da linha da cana, o sol incidirá mais sobre a área, que perderá água por evaporação. Com um ambiente mais seco, as condições se tornam menos adequadas para o desenvolvimento da praga.

Porém, os inseticidas continuam como o principal método de controle. Mas, a pesquisadora frisa que as aplicações precisam ser bem-feitas, seguindo certos critérios, como o uso de jato dirigido 70 x 30. Já em aplicações áreas e em áreas onde as populações iniciais estiverem muito acima dos níveis de dano econômico, a dose deverá ser aumentada de 15% a 20%.

“Além disso, não é correto aplicar o inseticida em área total e nem usar subdoses ou misturar produtos no tanque. É importante também não aplicar químicos onde não for necessário, ou seja, onde as populações estiverem muito baixas. Nesses casos, o controle pode ser biológico ou cultural.”

Por fim, Leila ressalta a importância de rotacionar os produtos, uma ferramenta de extrema importância para o manejo da resistência da cigarrinha a inseticidas, fato que tem preocupado o segmento canavieiro nos últimos tempos e que falaremos um pouco mais a seguir.


Fonte: CanaOnline

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