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Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético: 26,3% da área agricultável de São Paulo está comprometida com boas práticas | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético: 26,3% da área agricultável de São Paulo está comprometida com boas práticas

O Relatório da Safra 2015/2016 do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético mostra que 91,3% da colheita da cana-de-açúcar das usinas e fornecedores de cana signatários foi realizada sem o emprego do fogo, através da colheita mecanizada. O consumo médio de água no processamento industrial da cana atingiu o patamar estabelecido pelo Zoneamento Agroambiental para a maior parte das regiões do Estado. Desde o início do Protocolo Agroambiental, estima-se que cerca de 8,65 milhões de toneladas de gases de efeito estuda deixaram de ser emitidas no estado de São Paulo. Os dados foram divulgados na quinta-feira, 28 de abril, durante visita à 23ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow.
No balanço da safra 2015/2016, 133 unidades agroindustriais e 24 associações, que representam 5.485 fornecedores de cana, obtiveram o Certificado Etanol Verde. A área total compromissada com as boas práticas agroambientais do Protocolo pelas usinas e fornecedores de cana signatários totaliza 5.405.772 hectares, o que corresponde a 26,3% da área agricultável do estado de São Paulo. As usinas signatárias do Protocolo Agroambiental são responsáveis pela produção de 44% do etanol brasileiro e 92% do etanol paulista.
É importante destacar que o Protocolo tem abrangência estadual e define metas como a antecipação do prazo para eliminação da queima da palha da cana, a proteção de nascentes e de matas ciliares, e a redução de consumo de água na etapa industrial. “É o Estado de São Paulo mais uma vez indutor de políticas e está contribuindo para o atingimento das metas climáticas do país.”, ressaltou a secretária do Meio Ambiente Patrícia Iglecias.
Colheita Mecanizada
O Protocolo Agroambiental antecipou os prazos finais para eliminação da queima da cana para as usinas e fornecedores de cana signatários, de 2021 para 2014 para as áreas mecanizáveis e de 2031 para 2017 para as áreas não mecanizáveis. A safra que está em curso (2016/2017) é a última safra na qual as signatárias poderão utilizar o fogo para a colheita de seus canaviais passíveis de queima.
Essa mudança no sistema de produção de cana exigiu investimentos elevados do setor para aquisição de frentes de colheita, capacitação de mão de obra e sistematização dos canaviais para a colheita mecanizada, e resultou em ganhos ambientais para todo o estado, principalmente nas regiões canavieiras.
Na safra 2015/2016, a colheita da cana-de-açúcar sem o emprego do fogo pelas usinas e fornecedores de cana signatários alcançou o patamar de 91,3% da área colhida, número que corresponde a uma área de 3,46 milhões de hectares.
Consumo de água
Outra conquista importante diz respeito a redução do consumo de água proporcionada pelo Protocolo e pelo Zoneamento Agroambiental: entre 2010 e 2015, houve uma queda de 33% no consumo de água para o processamento industrial da cana-de-açúcar. Nos anos 90, eram utilizados 5m3 de água para o processamento de uma tonelada de cana moída nas usinas; na safra 2015/2016, essa quantidade caiu para 1m3 por tonelada de cana moída.
Os bons números se devem ao aprimoramento de processos industriais, como o fechamento de circuitos com reuso de água. Outro fator que contribuiu para a economia de água foi o avanço da colheita mecanizada, já que a cana crua passa por um processo de limpeza a seco antes de passar pela moenda, ao contrário da cana queimada, que era lavada com água.
“Atender a critérios ambientais é também atender a medidas de eficiência econômica”, lembrou a secretária do Meio Ambiente.
Mudanças climáticas
Como resultado da eliminação da queima da palha, a redução da emissão de poluentes, prejudiciais à saúde humana, e de gases de efeito estufa (GEE), responsáveis pelas mudanças climáticas, se destaca como outra conquista importante do Protocolo Agroambiental. Desde a safra 2006/2007, houve uma redução de 89% da área autorizada para queima da cana-de-açúcar. Isto evitou a emissão de mais de 8,65 milhões de toneladas de CO2 eq (carbono equivalente, a unidade de medida padrão para GEE) e mais de 52 milhões de toneladas de poluentes atmosféricos (monóxido de carbono, material particulado e hidrocarbonetos). As emissões de CO2 eq evitadas correspondem ao que 150 mil ônibus teriam emitido para atmosfera circulando durante um ano em uma grande cidade.
Bioeletricidade
A energia elétrica produzida a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar pelas usinas signatárias do Protocolo Agroambiental na safra 2015/2016 totalizou mais de 18.100 GWh. Desse total, cerca de 10.170 GWh foram exportados para a rede elétrica, o que equivale a 26% do consumo residencial paulista em um ano, que é de 39.450 GWh. Além de ser renovável, a energia produzida a partir da biomassa amplia a diversidade de nossa matriz energética.
Preservação ambiental
A proteção e restauração das nascentes e matas ciliares é outro compromisso assumido pelas usinas e fornecedores de cana signatários do Protocolo Agroambiental. Cerca de 258.773 hectares de matas ciliares (205.424 ha pelas usinas e 53.349 ha pelos fornecedores de cana) e mais de 8.400 nascentes estão compromissados com a proteção e a restauração pelos signatários do Protocolo, prestando serviços ambientais importantes para o estado de São Paulo.
Desde o início do Protocolo, houve um aumento de 49% das áreas em restauração nas áreas próprias das usinas signatárias, que saltaram de 6.030 hectares na safra 2007/2008 para 9.010 hectares na safra 2015/2016, demonstrando o empenho do setor na proteção de nossa biodiversidade.
Sobre o Protocolo
O Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético é realizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento com a União da Indústria Sucroalcooleira (ÚNICA) e da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (ORPLANA). Ele visa reconhecer e premiar as boas práticas ambientais do setor sucroenergético com um certificado de conformidade, renovado anualmente.
A lista das usinas e associações de fornecedores de cana certificadas pelo Protocolo Agroambiental pode ser consultada portal do Sistema Ambiental Paulista: http://www.ambiente.sp.gov.br/etanolverde


Fonte: Sistema Ambiental Paulista

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