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Boletim Diário da Soja | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Boletim Diário da Soja

Bolsa de Chicago (CBOT)
Os valores dos contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago encerraram a sessão desta quarta-feira com pequenas baixas em meio a
movimentos de ajustes técnicos e realização de lucro após os elevados ganhos acumulados. A soja para novembro/15 encerrou em baixa de 3,50
centavos de dólar, a US$9,10½/bushel, mas ainda mantendo-se acima da barreira psicológica de US$9/bushel. Além do caráter técnico do dia, as
baixas foram motivadas pela maior disposição dos produtores norte-americanos em aproveitar a forte recuperação dos valores da oleaginosa para
negociar mais alguns lotes, sobretudo pela maior oferta de produto que chega do campo. A colheita da safra de soja nos EUA já cobriu mais de 60%
da área semeada no país em função do clima favorável aos trabalhos de campo, o que também lançou pressão sobre os preços do grão. Mesmo
assim, as perdas seguem limitadas em função da firme demanda global pela soja, fortemente encabeçada pelo apetite chinês. Exportadores privados
reportaram vendas de 235 mil toneladas de soja dos EUA para entrega na China na temporada 2015/16, informou o Departamento de Agricultura
dos EUA (USDA) nesta quarta-feira.
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F)
Os valores dos contratos futuros de soja negociados na BM&FBovespa voltaram a trabalhar do lado negativo da tabela em meio a movimentos de
liquidação de posições e diante das baixas dos preços externos da oleaginosa. Os minis contratos de soja, atrelados diretamente ao comportamento
da bolsa norte-americana, com vencimento em novembro/15, encerrou o dia cotado a US$20,07/saca, com recuo diário de 0,35% em relação ao
fechamento da sessão passado, ao passo que o vencimento maio/16 teve baixa de 0,49%, a US$20,29/saca. Depois de acumular fortes ganhos nos
últimos pregões, os movimentos do dia tiveram caráter técnico, com agentes embolsando lucro.
Dólar (US$)
O dólar fechou em queda nesta quarta-feira, acompanhando a baixa da moeda nos mercados externos diante da percepção de que o Federal
Reserve, banco central norte-americano, pode elevar os juros somente em 2016 em meio a uma rodada de dados fracos nos EUA e na China,
favorecendo mercados emergentes. O dólar recuou 2,08%, a R$3,8126 na venda, anulando boa parte do avanço de 3,58% registrado na véspera, a
maior alta diária em mais de quatro anos. Dados fracos sobre a inflação na China alimentaram apostas de que a desaceleração da segunda maior
economia do mundo esteja respingando sobre os EUA, o que daria argumentos para o Fed manter os juros quase zerados até o ano que vem. Além
disso, dados nos EUA também corroboraram essa visão. Os preços ao produtor no país recuaram 0,5% em setembro, queda bem maior do que a
baixa de 0,2% projetada por analistas do mercado. Já as vendas no varejo subiram 0,1% no período, contra expectativas de alta de 0,2%. Mais tarde,
o Livro Bege do Fed mostrou que contatos empresariais do banco central norte-americano entendem que a economia dos EUA vem sofrendo com
a alta do dólar, dando mais combustível para a perspectiva de manutenção dos juros. A possibilidade de o Fed não elevar juros neste ano sustenta
a atratividade de ativos de países emergentes, que oferecem rendimentos maiores. Operadores tampouco descartavam a possibilidade de o real
voltar a ser pressionado nos próximos dias por preocupações locais. A pesada incerteza sobre eventual processo de impeachment da presidente
Dilma Rousseff vem assustando investidores, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar temporariamente o rito desenhado pelo
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Mercado Interno
No Brasil, mais uma vez, o comportamento do dólar no Brasil prejudicou a dinâmica dos negócios com a soja. Os poucos e raros reportes de
negócios envolveram pequenas ofertas de lotes remanescentes em função da necessidade de alguns compradores. Tradings exportadoras
efetivaram aquisições isoladas pela necessidade de cobertura de carregamentos nas zonas portuárias. Já no caso das indústrias processadoras, os
negócios reportados não foram significativos. As compras realizadas nas semanas anteriores por compradores nacionais serviram para recompor
os estoques. Desta forma, as comercializações no spot continuaram pontuais e dependendo de questões regionais ligadas a necessidade imediata
de compra e venda. Vendedores ainda regulam as ofertas da safra velha de olho no dólar. Basicamente, a volatilidade cambial no Brasil tem
prejudicado o avanço das negociações envolvendo lotes da nova safra. O cenário além de gerar muitas incertezas com o viés que a moeda brasileira
poderá apresentar frente o dólar também traz cautela num cenário de sobrevenda e surpresas com os rumos político-econômicos do país. As
condições atuais segue provocando cautela. O foco dos agentes é trabalhar com os últimos preparativos e acelerar os processos de plantio da nova
safra.
Comentários
Os embarques de derivados de soja em outubro voltaram a perder intensidade. Nos sete primeiros dias uteis da primeira e segunda semana de
outubro, foram embarcados 345,3 mil toneladas de farelo de soja. Por sua vez, o embarque médio diário cedeu para 49,3 mil toneladas, desempenho
6,1% inferior ao registrado no mês passado e 3,9% abaixo do resultado de igual período do ano passado. De certa forma, a competição pela demanda
do mercado externo com grandes ofertas dos EUA e Argentina segue presente e tem deixado volátil o comportamento das exportações brasileiras.
Ainda há um número significativo de navios a espera de soja grão ao passo que cresce nos terminais portuários aqueles aptos para carregar milho,
condição que tem gerado congestionamentos. A demanda interna por parte do setor de proteína animal também acirrou a disputa pelas
disponibilidades do produto, sobretudo depois das quedas nos preços internacionais do derivado. Mesmo assim, se somado o montante embarcado
até agora em outubro com o resto do ano, o Brasil exportou um recorde de 11,6 milhões de toneladas. Para o óleo, a demanda para biodiesel e
alimentos tem sustentado as cotações do produto internamente ao mesmo tempo que concentra o consumo internamente, visto que os preços
nacionais estão mais firmes. O aumento da produção deve-se a elevação da mistura do biodiesel no diesel, passando de B5 para B7 que começou
no mês de novembro de 2014. Estima-se que 80% da produção de biodiesel do país tem a soja como principal matéria-prima. Em relação ao óleo
de soja, o Brasil exportou no acumulado da primeira e segunda semana de outubro 24,2 mil toneladas do derivado que, resultou num embarque
médio diário de 3,5 mil toneladas, queda ante as 7,2 mil toneladas no mês passado, e 17,9% inferior aos 4,2 mil toneladas de igual período de 2014.
Neste contexto, o esmagamento de soja no Brasil segue elevado dada as condições de demanda, o que eleva a atenção do mercado à redução dos
estoques de passagem do grão no país.

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