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Boletim Pecuário Diário

Liquidez limitada sob pressão de alta
? A dinâmica dos negócios no mercado físico do boi gordo
ainda é limitada nesta quarta-feira. Da maneira que podem, as
indústrias frigoríficas evitam aumentar significativamente suas
compras para de não formar estoques e aumentar riscos de
prejuízos decorrentes de eventuais quedas de preços no
mercado atacado. Com as passagem do efeito “pagamento de
salários” aumentam as preocupações em relação a um eventual
recuo do consumo interno gerando baixas de preços no mercado
atacado. Mesmo assim, o ambiente ainda é de preços firmes no
mercado físico do boi gordo, dada essencialmente a escassez
de oferta.
? Em SP, depois das altas que se verificaram, o volume de
negócios evoluiu aparentemente melhor. No MS, a dificuldade
de compra de lotes em volumes maiores continua e a pressão
altista sobre os preços é forte. No MT, o volume de negócios
aumentou depois da elevação dos preços recebidos pelos
animais destinados ao abate, mas ainda há relatos de lacunas
importantes nas escalas de abate de algumas indústrias
frigoríficas. Em MG e GO, as indústrias frigoríficas operam com
escalas de abate curtas. No PR, se observa um momentâneo
equilíbrio no mercado sem maiores pressões sobre os preços
praticados. No RS, o mercado segue com preço estável diante
do ambiente de negócios calmo. Nas praças pecuárias da região
Norte do país, as condições seguem críticas no que tange a
oferta de lotes prontos para abate. A dificuldade de compra e a
presença de compradores de outros estados gera suporte para
novas altas de preços nos estados do PA e TO.
? No mercado atacado da carne bovina, o ambiente de
negócios ainda não apresenta mudanças substanciais. As
vendas estão mantidas num patamar apenas suficiente para
manter os preços dos principais cortes. Segundo dados
disponibilizados pela Secex, nos sete primeiros dias úteis deste
mês de outubro, foram embarcadas, em média, diariamente 5,3
mil toneladas de carne bovina in natura, o que representou um
avanço de 16,2% em relação ao mês de setembro e, 7,8% em
relação ao volume registrado em outubro do ano passado. Estes
dados iniciais confirmam a tendência de retomada dos volumes
exportados o que é de grande importância para sustentação dos
preços no mercado físico do boi gordo, mesmo que os preços
médios de exportação, quando referenciados em dólares,
estejam em queda.