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Braskem espera firmar aditivo com a Petrobras | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Braskem espera firmar aditivo com a Petrobras

Confirmando o acordo provisório, empresa não teria como estabelecer um contrato de longo prazo com a Synthos

A poucos dias de findar o contrato de recebimento de nafta (insumo básico da cadeia petroquímica) que tem com a Petrobras (encerra-se dia 28 deste mês), a Braskem aposta na realização de um aditivo, momentâneo, para, depois, discutir com calma um acordo mais profundo. No entanto, dentro desse cenário, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, admite que não terá como firmar acertos com novos clientes, envolvendo grandes volumes, como é o caso da empresa polonesa Synthos, que pretende instalar uma fábrica de borracha sintética em Triunfo.

A planta da companhia europeia utilizará como matéria-prima o butadieno da Braskem que, por sua vez, provém da nafta. A previsão da Synthos era iniciar as obras em março ou em abril. Fadigas reitera que, confirmado o aditivo com a Petrobras a respeito da nafta, não será possível fechar um contrato de longo prazo de butadieno. “Daí em diante (sobre o começo das obras da Synthos), é uma decisão deles”, argumenta. O executivo recorda que, recentemente, declarou que não havia um interlocutor dentro da Petrobras para tratar do tema nafta. No entanto, agora o diálogo está mantido e um dos contatos na estatal é o diretor de Abastecimento, Jorge Celestino Ramos.

Devido ao fato de que os novos diretores da Petrobras ocuparam seus cargos há pouco tempo, Fadigas reforça que o mais razoável seria a realização de outro aditivo (prática já adotada duas vezes pelas empresas). Na última ocasião, em agosto do ano passado, a Braskem assinou com a Petrobras um aditivo ao contrato de matéria-prima com vigência até o fim deste mês de fevereiro. As condições daquele período foram mantidas e o preço seria ajustado retroativamente a 1 de setembro de 2014, quando da assinatura do novo acordo.

Fadigas diz que a solução não é a ideal, mantendo o preço em aberto, mas sentencia que “dos males o menor”. O presidente da Braskem acredita que um aditivo com a Petrobras com prazo de mais seis meses seria plausível. Conforme o dirigente, o essencial é evitar o pior panorama que seria a parada das centrais petroquímicas. O executivo argumenta que a Petrobras aumentou a importação de nafta e, por consequência, o seu custo pela demanda do setor de combustíveis e não devido ao segmento químico-petroquímico. “E a petroquímica não tem condições de absorver ou repassar esse custo”, frisa.

O dirigente considera que, posteriormente, um contrato de nafta com um horizonte maior, como de cinco anos, por exemplo, será o satisfatório. Fadigas adianta que, nessa futura negociação, o pedido da Braskem será por uma redução do preço. O executivo sustenta que um aumento não seria adequado devido à competição externa com outras fontes, como o gás de xisto norte-americano. A Braskem consome cerca de 10 milhões de toneladas anuais de nafta, sendo que cerca de 70% desse patamar provém da Petrobras. O valor do insumo varia muito, entretanto hoje a tonelada no mercado internacional está estimada em US$ 480. Fadigas e outros dirigentes da Braskem apresentaram, nessa quinta-feira, em São Paulo, o balanço relativo ao desempenho de 2014 da companhia.

Fadigas defende que o País precisa criar uma agenda para recuperar a competitividade da indústria abordando pontos como preço de matéria-prima, energia, câmbio, tributação, juros, infraestrutura, entre outros. Para este ano, a Braskem ainda não definiu o investimento que será feito.

Terminal de Santa Clara poderá receber contêineres
Com a adaptação do terminal Santa Clara, localizado no Polo Petroquímico de Triunfo, para receber etanol, a movimentação de contêineres pelo complexo foi interrompida há alguns anos. Contudo, o presidente da Braskem, Carlos Fadigas, confirma que a empresa está analisando a retomada da atividade. Mas o dirigente não estipulou prazos para uma decisão sobre o assunto.

Sobre o plástico verde (feito a partir do álcool de cana) fabricado na unidade gaúcha do grupo, Fadigas prefere não revelar o volume produzido de polietileno renovável, justificando que é um fator importante dentro da concorrência no mercado de biopolímeros. Porém, o executivo salienta que se trata de uma linha interessante e com muito potencial para o futuro.

No total, em 2014, a Braskem registrou uma taxa de utilização média de suas centrais petroquímicas na ordem de 86%. O índice recuou quatro pontos percentuais em relação ao ano anterior, devido às paradas programadas de manutenção dos complexos de Triunfo e Mauá (SP) e por restrição do abastecimento de gás no polo de Duque de Caxias (RJ), no primeiro semestre.

As vendas de resinas termoplásticas apenas da Braskem no mercado interno em 2014 atingiram cerca de 3,57 milhões de toneladas, uma queda de 3% em relação a 2013. A soma de resinas comercializadas no Brasil em 2014 foi de aproximadamente 5,33 milhões de toneladas. Se dentro do País o desempenho da empresa diminuiu, para Europa e Estados Unidos cresceu 4%, alcançando 1,8 milhão de toneladas. O grupo tinha uma estimativa de investir cerca de R$ 2,6 bilhões no ano passado e acabou concretizando um valor um pouco abaixo disso, R$ 2,5 bilhões. Os recursos foram aplicados, principalmente, em manutenção e paradas operacionais.

A Braskem fechou 2014 com um lucro líquido de R$ 726 milhões, mas com um prejuízo de R$ 24 milhões no quarto trimestre. Para 2015, o dirigente adianta que a perspectiva é de um crescimento da atividade econômica mundial, de aproximadamente 3,5%, contra uma estagnação na brasileira.


Fonte: Jornal do Comércio

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