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Raízen inicia produção de etanol de 2ª geração | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Raízen inicia produção de etanol de 2ª geração

Unidade será oficialmente inaugurada apenas em março de 2015, mas combustível produzido já é comercializado em postos

A Raízen iniciou, no dia 29 de novembro, a produção em escala industrial do etanol celulósico a partir do processamento do bagaço e da palha de cana-de-açúcar. O chamado etanol de segunda geração (2G) é produzido na planta industrial anexa à Usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP), uma das 24 unidades da maior companhia sucroalcooleira do País, joint-venture entre o Grupo Cosan e a Shell.
Segundo o vice-presidente executivo da Raízen, Pedro Mizutani, a unidade será inaugurada oficialmente apenas em março de 2015, mas o combustível produzido na unidade já é comercializado em postos. "A escala ainda é pequena", disse. A usina de etanol 2G da Raízen tem capacidade de produção de 40 milhões de litros por safra, o que deve aumentar em 50% a oferta da usina, que produz 80 milhões de litros anualmente de etanol de cana.

Na primeira safra completa, a 2015/2016, a usina deve produzir dois terços da capacidade total, ou seja, aproximadamente 26,7 milhões de litros. A unidade custou R$ 230 milhões, e outras oito plantas industriais de etanol 2G estão nos planos da Raízen no futuro, para a produção de até 1 bilhão de litros por safra do combustível a partir da celulose de bagaço e palha de cana.

Mizutani explicou que um problema de logística atrasou os planos da Raízen de iniciar a produção do etanol em meados de novembro. Segundo ele, uma máquina de pré-tratamento importada do Canadá precisou ser trazida por avião, porque uma "janela" de abertura do Canal do Panamá, para a importação por via marítima, foi perdida. "Só essa operação gerou um custo de R$ 1 milhão a mais na operação", disse.

Ainda segundo o executivo, a meta para o futuro é reduzir os custos de produção do etanol 2G, hoje de quatro a cinco vezes superior ao etanol de cana, principalmente pelo valor das enzimas utilizadas no processo. "Com o tempo e com o aprendizado os custos serão reduzidos", concluiu Mizutani, que participou do Simpósio de Agronegócio e Gestão, em Piracicaba.


Fonte: O Estado de S. Paulo

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