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A Ameaça Progressista - Prof. Dr. Marcos Fava Neves | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

A Ameaça Progressista - Prof. Dr. Marcos Fava Neves








A Ameaça Progressista - Prof. Dr. Marcos Fava Neves


O leitor deve estar intrigado com o título, afinal, como é que progresso pode ser ameaça?

Para explicar, conto um causo. Final de semana, inspirado pela volta triunfal de São Pedro à cidade de Ribeirão Preto, li e assisti muita coisa, entre elas, um filme norte-americano que traz informação que já havia percebido: os defensores das antigas ideias ligadas ao comunismo e socialismo continuam firmes e fortes mas não usam mais estes nomes, pela baixa aceitação na população. Usam nova roupagem: o termo “progressista”. Lastreiam "forças progressistas" com outro apelo junto: "justiça social".?Grande sacada esta mudança, pois alguém ouvindo que tal pessoa é progressista, é levado a pensar que se trata se uma pessoa ou ideia que trará progresso, e todos gostam de progresso.

A palavra progresso, de onde se origina o que deveria ser o movimento pelo progresso, ou progressismo, significa: “adiantamento, desenvolvimento, aperfeiçoamento, marcha ou movimento para diante” (Aurélio). Já o progressismo (não se encontra no Aurélio, mas na Wikipédia) é “uma doutrina política que expressa a crença ou o desejo de evolução, desenvolvimento, aperfeiçoamento, superação. Opõe-se ao conservadorismo. Políticas progressistas são aquelas que propõem mudanças sócio-econômicas radicais, para o desenvolvimento e o progresso da sociedade”.

Nosso causo agora vai para a agricultura. Por coincidência achei o termo progressista,logo após o filme. Li entrevista com um Ministro dizendo que seu partido aceitará um ou uma “ruralista” no comando do Ministério da Agricultura, pois este tradicionalmente não é ocupado por nenhum Ministro "progressista", por ser um feudo do agronegócio. Um pequeno aparte: ruralista é outro termo terrivelmente pesado, tal como socialista e comunista. Precisamos copiar esta estratégia e mudar de ruralista para “alimentarista” e neste caso, a estratégia é honesta, pois o novo nome significa a mesma coisa.

Manifesto visão radicalmente oposta à deste Ministro e destas pessoas no que significa ser progressista. O agronegócio é justamente o setor mais progressista do Brasil, por trazer um saldo comercial impressionante e gerar enorme renda para ser amplamente distribuída nesta parte do mundo. Em outras palavras, o I-Phone do Ministro foi pago pelo açúcar exportado. É praticamente a única coisa que temos com respeito e admiração internacional e que vem trazendo progresso por aqui.

O Ministro entrevistado não vê no ex-colega e ex-Ministro da Agricultura Roberto Rodrigues uma pessoa progressista. Talvez tenha perdido a oportunidade de ver seu trabalho e resultados entregues, ou de conversar e ver que dele saltam ideias e ações de progresso com inclusão social, afinal, é também um dos principais lideres cooperativistas no mundo.

Progressistas seriam então os adeptos das ideias neo-socialistas ou neo-comunistas (se é que isto é possível), e mais recentemente, os bolivarianos, que o ex-presidente de destruído país vizinho chamava de “socialismo do século XXI”.

Conto a vocês neste causo que tenho sim algo em comum com estas pessoas, que são boas e idealistas: o objetivo. Almejamos um país com elevado índice de desenvolvimento humano (IDH). Diferimos é na estratégia, o “como fazer” para se atingir o objetivo (onde se quer chegar).

Comprovamos empiricamente após décadas de tentativas em lugares do mundo, que estas estratégias (comunista, socialista, bolivariana) levaram ao retrocesso, e não ao progresso. Seleciono um motivo central para explicar onde falham: comprometem ageração de renda. E sem geração de renda, torna-se difícil distribuir renda e elevar o IDH.

Portanto estas ideias destas pessoas, de “progressista”, no sentido correto da palavra, não têm absolutamente nada. Mas é bonito ver como acreditam piamente que seus Governos entregam progresso, mesmo lutando contra quase todos os indicadores que mostram o contrário. A palavra “progressista” usada para esta finalidade, para esta caracterização, é um estelionato.

Poderia parar aqui, mas o causo terminaria com o leitor sem entender o título deste artigo, afinal onde este movimento “progressista” representa uma ameaça ao Brasil? Percebo cada vez mais esta estratégia comprovadamente equivocada, sendo disseminada como a correta e ganhando adeptos pelo Brasil, principalmente em orquestrados movimentos sociais (vejam o recente convênio de um deles com as comunas do vizinho do norte), ONGs, e o mais perigoso, vai espalhando silenciosamente no ensino médio e universitário via professores “progressistas”, atingindo crianças e jovens com conteúdo ideológico em momento vulnerável de suas formações.

Movem-se silenciosamente como o cupim, e quando percebemos, seu estrago está feito. Qual estrago? O estrago que basicamente faz a pessoa acreditar que para ter renda, não precisa gerar renda. Pensamento individual que, coletivizado, destrói uma nação, como já destruiu muitas.

E pior ainda, para o “nobre” fim, para a “nobre” causa “progressista” justificam-se, ou toleram-se, os meios, mesmo que altamente condenáveis. Daí talvez esta apatia de grande parte dos “movimentos sociais” e da juventude ao quadro de corrupção instalado em nosso pais, pois este seria um mal necessário ao bem maior “progressista”.

Fica o alerta aos que querem produzir, gerar renda e desenvolvimento no Brasil: é necessário reagir de maneira estruturada à crescente e enorme ameaça “progressista”. A palavra original combina com produção e desenvolvimento, mas o novo uso desta palavra, não. Foi amplamente demonstrado no mundo (Marcos Fava Neves é Professor Titular de Planejamento e Estratégia na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto)

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