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Novos investimentos no setor sucroenergético podem levar de 3 a 4 anos | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Novos investimentos no setor sucroenergético podem levar de 3 a 4 anos

O cenário para o setor sucroalcooleiro poderia ser melhor com o esperado deficit mundial de açúcar a partir de 2015, mas as preocupações ainda não foram dissipadas.
Queda nos preços do petróleo, política cambial e falta de adoção de mecanismos que deem previsibilidade ao setor são pontos de preocupação. Somam-se a isso as incertezas do clima.
A avaliação é de Plinio Nastari, da Datagro, empresa que reunirá especialistas e representantes desse setor em São Paulo, na segunda (20) e na terça-feira (21), para discutir o momento difícil, principalmente no Brasil, e as perspectivas.
Nastari diz que, após quatro anos de uma produção mundial de açúcar acima do que é consumido, as coisas se invertem. O superavit dará lugar a um deficit, o que ocorrerá já a partir desta safra de 2014/15 --iniciada neste mês. Ainda há divergências sobre o tamanho desse deficit, mas poderá ser de até 3,24 milhões de toneladas, número estimado pela Datagro.
Esse deficit vai gerar uma redução dos estoques mundiais que, no final da safra, será de 42,8% do total a ser consumido, abaixo dos 45,6% da safra que se encerrou.
E, sempre que a relação de estoques e consumo fica em 42%, ou menos, os preços começam a ficar mais firmes, segundo Nastari.
E quem vai fornecer açúcar ao mundo para suprir esses deficit? O Brasil, um dos responsáveis pelo superavit que chega ao fim, terá problemas.
A seca deste ano atrapalhou o desenvolvimento do canavial e haverá uma redução da cana com alta produtividade.
Além disso, a falta de umidade no solo inibiu a renovação dos canaviais. Nastari prevê que a renovação seja de 13% a 15% das lavouras, mas as estimativas eram de 17%.
Na próxima safra, as usinas não contarão com tanta oferta extra de cana-de-açúcar que sobra de um ano para outro. Nesta safra, esse volume foi próximo de 25 milhões de toneladas.
Além disso, a oferta de cana não deverá crescer na safra 2015/16. Ficará igual à desta ou até menor. A estimativa é de uma moagem de 550 milhões de toneladas em 2014/15. A Datagro deverá rever os dados da safra deste ano nesta segunda-feira (20).
Além dos efeitos do clima, as lavouras vão perder rentabilidade no próximo ano devido à redução dos tratos agrícolas. Os dispêndios com insumos estão de 28% a 30% inferiores aos do ano anterior, de acordo com Nastari.
Após uma entressafra prolongada, como vai ser a deste ano, parte das usinas deverá postergar o início da moagem para obter uma produção maior da matéria-prima. A reação do setor deverá começar pelo etanol.
Mesmo com a estimativa de deficit mundial de açúcar, o país não retomará os investimentos imediatamente. Isso só ocorrerá quando houver sinais de previsibilidade nos mecanismos de reajustes da gasolina e indicações de que o setor está livre de políticas intervencionistas, afirma Nastari.
O fundo do poço pode estar passando, mas o amadurecimento dos investimentos na indústria sucroalcooleiro do Brasil vai demorar de três a quatro anos.
A produção mundial de açúcar é de 170 milhões de toneladas na safra 2014/15, para um consumo de 173,2 milhões. O Brasil deverá produzir 35,7 milhões em 2014/15. Desse volume, 32,3 milhões virão da região centro-sul, segundo dados da Datagro.


Fonte: Folha de S.Paulo

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