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Se seca continuar, água acaba em novembro, admite Sabesp | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Se seca continuar, água acaba em novembro, admite Sabesp

Presidente da Sabesp diz que Justiça Eleitoral barrou propagandas e que não podia falar a palavra 'seca' e sobre gravidade da situação

A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, admitiu nesta quarta-feira, 15, que a água vai acabar na capital “em meados de novembro”, caso o regime de chuvas se mantenha baixo. Para evitar o desabastecimento generalizado, ela disse contar com o aumento das precipitações e com a segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira, que nem sequer foi autorizado pela Justiça.

A revelação foi feita em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal, criada em agosto para investigar falhas no serviço de abastecimento. “Temos uma disponibilidade suficiente para atender a população nesse regime de chuvas até meados de novembro”, disse Dilma. Nesta quarta, o nível do Cantareira caiu para 4,3% da capacidade, índice mais baixo da história.

Dilma negou a ocorrência de racionamento e entrou em atrito com os vereadores em diversas ocasiões, durante mais de quatro horas de depoimento. Ela chegou acompanhada de cerca de 50 funcionários. “A missão da Sabesp é levar água. O lema da empresa é ‘Água, não pode faltar”, afirmou, ao ser questionada se a não implementação do racionamento foi uma decisão política. “Foi uma decisão técnica”, garantiu.

Dilma Pena ouviu perguntas sobre falta de transparência com a população. Ela atribuiu à Justiça Eleitoral o fato de as pessoas não serem informadas sobre a situação, que ela chama de “gravíssima”.

“Não podíamos fazer as peças publicitárias que achávamos que devíamos fazer por causa da restrição do período eleitoral. Tivemos de apresentar as peças no Tribunal Regional Eleitoral e foram riscadas algumas palavras que não poderiam ser veiculadas, por exemplo a palavra ‘seca’. Nós não podíamos colocar, na peça publicitária, a palavra ‘seca’. Então, veiculamos, e estamos veiculando até hoje, propaganda falando exclusivamente da economia de água”, disse. A Justiça Eleitoral nega a restrição.

Questionada sobre alternativas, como a construção de poços artesianos para captar mais água, ela disse que o solo de São Paulo era pobre para essa função. “Se adiantasse, teríamos feito”, apontou.

Dilma disse ainda que a gestão Fernando Haddad (PT) poderia “seguir Campinas” e multar quem desperdiçasse água - ideia que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) descartou em julho para o Estado.

Tensão. Na sessão, os vereadores se queixaram do que classificaram como “falta de objetividade” da presidente da Sabesp ao responder as questões. “Vou pedir para a senhora ser mais objetiva quando responder. Porque a senhora começa a falar e acaba se perdendo”, disse o vereador Nelo Rodolfo (PMDB), após Dilma explicar que o desabastecimento observado em diversas regiões da cidade nos últimos dias estaria ligado a duas falhas pontuais ocorridas nas regiões de Americanópolis, na zona sul, e perto da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no centro.

Dilma disse que os vereadores precisam “ter paciência para ouvir”. A resposta veio do vereador Roberto Tripoli (PV). “Estou tendo paciência quando tomo banho, enquanto minhas plantas estão morrendo sem água”, disparou.

Volume morto. Dilma afirmou novamente que a Sabesp pretende usar a segunda cota do volume morto do Cantareira, de 106 bilhões de litros. “Isso vai garantir o abastecimento até abril”, disse. O uso dessa segunda reserva ainda não foi autorizado pelos órgãos reguladores e está vetado pela Justiça Federal.

Ao lembrar que o volume de chuvas no Sistema Cantareira, no acumulado deste mês, foi de apenas 0,4 milímetro - ante média histórica de 130,8 no mesmo período -, ela disse que as previsões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) eram positivas: chuvas após o próximo dia 20.

Técnicos do clima fazem avaliação diferente. “Os modelos apontam para a chegada de uma frente fria do Sul a partir do dia 20, que deve quebrar essa massa de ar seco e provocar chuvas. Mas não será um volume suficiente para alterar significativamente a situação dos reservatórios”, disse a meteorologista da Unicamp Ana Maria Heuminski de Ávila.


Fonte: O Estado de S. Paulo

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