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Rios que vão a usinas nunca tiveram tão pouca água | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Rios que vão a usinas nunca tiveram tão pouca água

Com chuvas muito abaixo da média, a vazão dos rios que alimentam reservatórios e usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, de maior consumo de energia, atingiu o menor marca da história.

Em janeiro, esses rios registram um volume de água de apenas 53,4% da média histórica. É o menor percentual para todos os meses desde 2000, desde quando o ONS tem dados da chamada "energia natural afluente" --ou seja, a água que está no leito dos cursos dágua que chegam às barragens e é usada na geração de energia.

Nem no ano do racionamento o índice foi tão baixo, ficando em 72,4% em janeiro de 2001. A mais baixa média anterior para janeiro havia sido 2008 (66,5%), quando também se aventou a possibilidade de racionamento.

Nos meses seguintes, voltou a chover acima da média e o perigo foi afastado.

Segundo analistas, a falta de chuvas nos rios que abastecem os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste (regiões interligadas e vistas como uma só pelo sistema elétrico nacional) causa a depreciação dos lagos das usinas, cujo nível caiu para 40,3% em janeiro deste ano.

Em fevereiro, as barragens continuaram a perder água, com 37% da capacidade até dia 11. Nessa época, os lagos deveriam estar se enchendo.

Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe e ex-presidente da Eletrobras, o fato é preocupante, pois já estamos em meados de fevereiro e as chuvas não chegaram.

Outro agravante, diz, é o aumento do consumo, recorde em janeiro. A carga gerada pelas usinas cresceu 9,4% frente a janeiro de 2013 no Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorre 60% da demanda.

Pinguelli diz que a situação dos reservatórios ainda é melhor do que em 2001 e não há um risco iminente de falta de energia, mas afirma que o governo deveria lançar já uma campanha para economizar energia.

Ao contrário de 2001, afirma, agora há o "seguro" das térmicas, embora seu uso onere as contas de energia ou obrigue o Tesouro a arcar com a despesa extra --no último leilão de usinas a serem construídas, o custo das termelétricas era, ao menos, 60% superior ao das hidrelétricas.

Já Roberto Brandão, do Grupo de Estudos de Energia Elétrica da UFRJ, afirma que o problema dos modelos de previsão de chuva do ONS são imprecisos em relação ao volume de água que cairá sobre os rios.

Assim, afirma, é impossível saber se as chuvas previstas para a segunda quinzena deste mês vão compensar a queda atípica dos níveis dos reservatórios.

"É preciso chover forte até abril. Depois começa o período seco. Não é impossível que chova na seca, mas não é o comum", diz Brandão.

(Pedro Soares e Samantha Lima)


Fonte: Folha de São Paulo

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