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Copersucar enfrenta uma inconfidência societária | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

Copersucar enfrenta uma inconfidência societária

Diz a sabedoria popular que o ex-aliado se torna o pior adversário. A Copersucar está sentindo na pele o peso da surrada assertiva. A família Pizzo, até o ano passado acionista da cooperativa, teria se revelado um inimigo figadal e, mais do que isso, artífice de uma intentona societária que pode resultar em grandes prejuízos para a companhia.

Controlador do Grupo Clealco, o clã estaria trabalhando com o objetivo de convencer outros empresários a seguir o mesmo caminho e deixar a Copersucar. Ressalte-se que a cooperativa não está diante de um oponente qualquer.

Dona de duas usinas no interior de São Paulo, a família Pizzo tem razoável influência no setor. O objetivo por trás de toda esta trama seria a criação de uma espécie de “Copersucar do B”, uma nova cooperativa que seria arrancada a fórceps da costela da mais tradicional produtora de álcool e açúcar do país.

Os Pizzo vocalizariam a insatisfação de muitos dos mais de 50 usineiros que integram a Copersucar, notadamente empresas de pequeno e médio portes. O ovo da serpente está sendo chocado já há algum tempo. Não é de hoje que muitos destes usineiros acusam a direção da Copersucar de representar apenas os interesses de um seleto grupo de acionistas.

Hoje, não mais do que cinco ou seis empresários trancados em uma sala decidem não apenas o futuro de meia centena de cooperativados, mas, sobretudo, de uma parcela importante da própria indústria sucroalcooleira nacional.

As críticas mais duras são direcionadas ao próprio presidente,

Paulo Roberto de Souza, e, sobretudo, ao nº 1 do Conselho de Administração, Luís Roberto Pogetti, um dos acionistas mais proeminentes da cooperativa. Ambos seriam os principais responsáveis pela montagem de um aparelho de gestão que moeu e transformou em caldo de cana os pequenos usineiros sócios da Copersucar.

Além da representatividade que perderam, os possíveis desertores vislumbram, claro, um melhor retorno financeiro. Com poder para arbitrar preços e uma estrutura de custos menor, os usineiros calculam que, uma vez fora da cooperativa, poderiam obter, por baixo, uma rentabilidade até 15% mais alta logo na partida. Procurada pelo RR, a Copersucar negou a saída de novos cooperativados. Segundo fontes ligadas à Copersucar, o assunto tem mobilizado a cúpula da empresa – e nem poderia ser diferente. A alta direção da companhia e os acionistas mais influentes estão debruçados sobre um trabalho de contra-articulação com o objetivo de aniquilar, ainda na raiz, a inconfidência societária. Como costuma dizer um importante usineiro, a Copersucar sempre foi um acasalamento de porcos espinhos.

Não é simples harmonizar sob o mesmo teto os interesses de moradores tão díspares entre si, grupos de porte, capacidade de investimento, culturas e até mesmo influência política bastante diferentes. Por isso, chegadas e partidas sempre foram comuns no capital da empresa.

Ainda assim, raras vezes em seus 54 anos de história, a cooperativa correu o risco de perder, de uma só vez, um naco tão expressivo de seu território como agora. A saída da Clealco, no ano passado, já foi uma pancada para a Copersucar: da noite para o dia, aproximadamente 7% de seu faturamento se evaporaram. Segundo o RR apurou, duas usinas teriam se aliado aos Pizzo e estariam prestes a deixar a cooperativa. Com mais estas deserções, a queda de receita em pouco mais de um ano ultrapassaria os 10%


Fonte: Relatório Reservado

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