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Etanol sobe mais que gasolina em Ribeirão

Aumento médio foi de 5,3%; litro de etanol passou de R$ 1,899 para R$ 1,999, enquanto gasolina subiu 3,6%. Representantes dos postos e distribuidoras confirmam aumento no preço e alegam repasses de altas em novembro.

O preço do etanol ultrapassou o aumento da gasolina nos postos de combustíveis de Ribeirão Preto e ficou em média 5,3% mais caro do que na semana passada.

O reajuste pegou de surpresa alguns consumidores que esperavam apenas a valorização da gasolina e do diesel.

A Petrobras autorizou na última sexta-feira um aumento de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel.
Nas bombas, o preço da gasolina passou de R$ 2,799 para R$ 2,899 em Ribeirão Preto --aumento de 3,6%--, enquanto o etanol subiu de R$ 1,899 para R$ 1,999.

Sérgio Prado, representante da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) em Ribeirão, disse que a oscilação não está relacionada aos custos de produção do etanol nas usinas.

De acordo com os dados do Cepea/USP, o aumento na produção do setor foi menor do que R$ 0,04, o que não justificaria o aumento registrado pelas bombas.

Oswaldo Manaia Júnior, diretor regional do Sincopetro (sindicato dos postos), disse acreditar que os postos passaram o aumento trazido pelas distribuidoras no acumulado em novembro. Ele confirmou que o combustível subiu em média R$ 0,10 na região de Ribeirão Preto.

Já Alisio Vaz, presidente do Sindicom (sindicato das distribuidoras), afirmou que o reajuste já era esperado e acompanhou o que foi passado pelas usinas de álcool ao longo de novembro.

TROCA
Com o aumento inesperado, a aposentada Elisa Maria, 48, disse que deixou de abastecer seu carro com etanol ontem. Já o PM Cristiano Vieira, 26, foi direto na bomba de gasolina. "Faz tempo que o etanol se tornou desvantajoso."

Frentistas de postos ouvidos pela Folha disseram que os clientes têm trocado o etanol pela gasolina.
Segundo o defensor público Horácio Xavier Franco Neto, não há como recorrer judicialmente do reajuste porque não há como definir "abuso" no reajuste


Fonte: Folha de S. Paulo